Stranger Things e o Setealem

Você sabe o que é Setealem? Caso a resposta seja não, o Setealem é um universo ou uma realidade paralela a nossa, onde qualquer pessoa poderia chegar, mas completamente obscuro e assustador. Os diversos relatos sobre esse lugar contam que é um lugar de aparência bem suja e as pessoas que vivem lá teriam os olhos mais fundos e negros, bem parecido com os filmes de terror. Se você já assistiu “Stranger Things”, pode saber mais ou menos do que se trata.

Os primeiros relatos sobre Setealem surgiram no Orkut, em uma comunidade de nome Setealem, criada por Luciano Milite. Nos anos 90, Luciano teria passado por uma experiência bem sobrenatural, e depois de dez anos ele relatou no Orkut.

Além do relato do Luciano, teve também os casos da menina que visitou Setealem e do banheiro do shopping em Porto Alegre – ambos encontrados fácilmente na internet.

Embora não há provas concretas da real existência de Setealem, como também os relatos são todos de brasileiros, o Setealem se encaixa perfeitamente no contexto da série “Stranger Things”.

Para quem já viu “Stranger Things”, existe o chamado Mundo Invertido, que é um universo paralelo ao da série, mas totalmente sujo e obscuro – ou seja, as mesmas características do Setealem. Além disso, existem passagens para o mundo invertido, algumas delas abertas pelo monstro da série: o Demongorgo.

Apesar de ter origens distintas, o Setealem e o Mundo Invertido de “Stranger Things” são parecidos, não acha?

Steampunk: a ficção científica do passado

Provavelmente você não faz a mínima ideia do que seja, mas o steampunk é um sub gênero da ficção científica. É associado ao cyberpunk (que inclusive temos postagem a respeito), mas diferente de uma parada mais futurista que estamos acostumados, o steampunk tem seu cenário no passado, basicamente na época da primeira revolução industrial com personagens caracterizados no estilo da era vitoriana, mas com uma tecnologia bastante avançada para a época com o uso do vapor, madeira, aço e engrenagens.

Embora algumas obras fundadoras do gênero tenham sido publicadas nas décadas de 1960 e 1970, o termo “steampunk” surgiu somente na década de 1980 como uma variação do cyberpunk. Embora o cenário do steampunk esteja frequentemente relacionado com o período vitoriano, algumas obras também retratam a idade média e por vezes se expande nos dominios do terror e da fantasia. Sociedades secretas e teorias conspiratórias também são explorados no gênero. Além disso, há também influências lovecraftianas, ocultistas e góticas.

Cenário steampunk

As origens do steampunk remontam às obras pioneiras da ficção científica. Exemplos bem conhecodoa é o do escritor Júlio Verne, com o seu livro “20 Mil Léguas Submarinas”; “A Guerra dos Mundos”, de H. G. Wells, e “Frankstein”, de Mary Shelley. Nestas obras, temos o uso da tecnologia desenvolvida no final do século 19 e início do século 20. E outro exemplo, no cinema, é o filme “Viagem a Lua, de Georges Melies, lançado em 1906.

Outro título pertencente ao steampunk e que você não sabia é o anime “Shingeki no Kyojin”. O anime é steampunk pela história se passar em uma época análoga à revolução industrial, com personagens característicos do período vitoriano, além de uma tecnologia bem desenvolvida como o DMT (dispositivo de movimentação tridimensional), que usa gás comprimido; lâminas residentes e flexíveis, carroças com suspensão e entre outros. O outro anime desse gênero é o “Fullmetal Alchemist”, também seguindo as mesmas características.

E não para por aí. O steampunk está presente em jogos bem conhecidos como Final Fantasy VI, BioShock e League of Legends.

A mitologia por trás de Naruto

Naruto é considerado um dos maiores animes da história e apresenta uma história muito rica e cheia de personagens. Mas, caro leitor, sabe de onde Masashi Kishimoto teve tanta inspiração para criar o universo de Naruto? Vamos descobrir mais abaixo.

Vamos falar primeiro do chakra. No universo de Naruto, o chakra é essencial para moldar inclusive as técnicas mais simples, que são os jutsus, feito através da junção da energia física e mental. O chakra de Naruto é inspirado no chakra do hinduísmo e budismo, que são centros de energia que regem a nossa estabilidade física, intelectual, emocional e espiritual.

O terceiro hokage, Hiruzen Sarutobi, possui o poder de invocar o Rei Macaco, chamado de Enma. Uma curiosidade sobre Enma é que ele se trata de uma caricatura do lendário rei macaco chinês, Sun Wokong. Sun Wokong carrega uma equipe que cresce e enconlhe a vontade e veste a pele de um tigre lendário também. Além disso, na mitologia budista, Enma é um dos doze Deva. Ele é juiz supremo na vida após a morte, quando uma pessoa morre, eles devem aparecer antes de Enma (e também antes de outros juízes), que decide se a pessoa é boa ou ruim, a pessoa é então enviada para o além mais adequado. Entre os juízes do inferno, Enma é o mais importante.

Em Naruto, uma figura que aparece é o Shinigami, quando é invocado o jutsu de selamento (Fūinjutsu ou Jutsu ceifeiro da morte). Os Shinigamis são figuras tradicionais do folclore japonês que representam a morte, ou são a própria morte, sacrificando a vida de humanos. Na cultura pop, além de Naruto, os Shinigamis são retratados em Death Note, Bleach e Yu Yu Hakusho.

E para quem já viu o Shippuden, já ouviu falar destes nomes: izanami, izanagi, tsukuyomi, amaterasu e Susanoo. Os nomes Izanami e Izanagi são deuses xintoistas, responsáveis por criarem as ilhas e as outras dinvidades do folclore japonês. Já Tsukuyomi, Amaterasu e Susanoo também são deuses xintoistas, que são a encarnação do sol, da lua e do mar, respectivamente, e filhos de Izanagi.

Por último, mas não menos importante, são os famosos Sannins Lendários de Naruto: Jiraya, Tsunade e Orochimaru. Os três foram inspirados em personagens de mesmo nome a partir de um romance japonês Jiraiya Gōketsu Monogatari, escrito entre os anos de 1839 e 1868. Para mostrar a coincidência do romance com Naruto, além do nome dos personagens, Jiraya invocava sapos, Tsunade, as lesmas, e Orochimaru, as cobras.

Tik Tok é perda de tempo!

O Tik Tok é mais uma rede social que surgiu há pouco tempo e que tá bombando na internet ao redor do mundo. Essa rede social nada mais é do que seus usuários gravando e compartilhando vídeos, como também vizualizar vídeos de outros usuários.

E o Tik Tok chegou ao patamar que está hoje graças a pandemia, onde quase o mundo inteiro esteve parado com o isolamento social e as pessoas estavam entediadas em casa. Ou seja, o Tik Tok se tornou o passatempo preferido das pessoas, em especial os jovens. E foi daí que essa rede social ascendeu e cada vez mais pessoas passaram a gravar vídeos de memes, desafios e as dancinhas – sobretudo, as dancinhas.

E você deve estar se perguntando o por quê do Tik Tok ser um problema, já que trouxe uma distração para as pessoas em um período tão caótico como uma pandemia. O real problema não está no aplicativo em si ou nos seus usuários, mas sim no tempo que as pessoas passam nele.

Como se não bastassem as outras redes sociais e os jogos de computador, o Tik Tok se tornou um gasto desnecessário de tempo. A média do tempo que os brasileiros usam o Tik Tok é de 60 minutos – mas é só uma média. Pois existem pessoas que passam mais de 3 horas simplesmente deslizando o dedo na tela e vendo vídeos, até a bateria do celular descarregar. É nesse ponto que mora o problema ao qual me refiro.

São horas preciosas de um dia jogadas no lixo com coisas inúteis. As pessoas esquecem de usar o tempo de forma produtiva, como ler, aprender a investir, tocar piano ou coisas do tipo. E outro ponto é o tipo de conteúdo que é apresentado, muitos deles sem sentido ou completamente inúteis.

O que chega a ser uma preocupação principalmente para o principal público do Tik Tok: os jovens, que deixam de investir no futuro para satisfazer as necessidades do agora.

Ressaltando, não há problema nenhum em usar o Tik Tok, pois todos merecem se divertir. Mas voltando a repetir, as pessoas gastam muito tempo com conteúdos pouco relevantes.

Está postagem não é um conselho de coach, longe disso. Simplesmente se trata de uma conscientização, fazer com que as pessoas descubram o seu verdadeiro potencial e que a vida delas tenham mais sentido e seja menos monótona. Portanto, o mundo vai muito além das telas do celular.

Fanfics: conheça essa forma de escrita

Fanfics (abreviada de fan fictions) são histórias criadas por fãs baseados em alguma história já existe, seja de filmes, séries, HQs, jogos e entre outros, utilizando os mesmos personagens mas com adaptação no enredo pelo escritor. A ideia de uma fanfic é contar uma história paralela à original ou expandir o mesmo universo.

Essa forma de narrativa tem se tornado bastante popular, principalmente entre o público adolescente. Embora pareça recente, as fanfics existem desde muito antes do surgimento da internet, na década de 1960.

Existem vários tipos de fanfics. Eis alguns exemplos abaixo:

  • Oneshot: fanfics com apenas um capítuloCrossover: fanfics nas quais são construídas histórias baseadas em universos diferentes. Dois exemplos é a HQ Batman e Spiderman e o crossover do mangá de Deadpool com My Hero Academia.
  • Drabble: são fanfics com menos de mil palavras
  • Lime: são histórias que giram em torno de romances adultos, mas que não contém necessariamente conteúdo sexual.
  • What if: são fanfics baseadas em histórias originais, mas com um final diferente
  • UA (universo alternativo): também chamado de AU, é quando a fanfic se passa em um universo diferente do criado pelo autor original, mas com os mesmos personagens sem alterar as características dos mesmos.

E além disso, existem as classificações para as fanfics. Elas variam desde a K, para crianças a partir de 6 anos de idade, até a MA, feito exclusivamente para adultos.

Exemplo de uma capa de fanfic

Existe um debate entre os autores sobre as fanfics. Alguns se sentiram felizes por verem fãs criarem histórias com base na deles, como a autora da saga Harry Potter, J. K. Howling. Já outros se incomodaram com a prática e alguns já chegaram a tomar medidas contra as fanfics publicadas na internet, como a autora de “Entrevista com Vampiro”, Anne Rice.

Na internet existem diversos sites onde se pode ler e escrever fanfics, como o Wattpad, a Fanfiction.net e o Spirit. Nesses sites da pra criar uma conta gratuitamente, postar a sua história ou ter acesso a outras.

Um ponto positivo, na minha opinião, sobre as fanfics é que pode ser um ótimo exercício para novos autores. Fanfics em sua maioria são histórias simples para escrever. Portanto, fica a dica.

Capitão América e o patriotismo americano

O Capitão América com certeza é um dos super heróis mais importantes da Marvel e, além disso, representou uma forte figura de patriotismo americano no auge da Segunda Guerra Mundial.

O Capitão América foi criado em 1941 por Jack Kirby e Joe Simon, na época que a Marvel era a Timely Comics, na revista Captain America #1. Como dito antes, era o ápice da Segunda Guerra Mundial e os Estados Unidos lutava contra Hitler e os nazistas ao lado de países como Reino Unido, França e União Soviética.

Assim, naquela época, havia um movimento patriota que trazia super heróis atuando na guerra. Além do Capitão América de Steve Rogers, tinha também o Bucky Barnes – o Soldado Invernal -, e ambos eram populares na época. O personagem capitão América surgiu com o objetivo principal de combater os nazistas.

E como dito na postagem sobre a história da Marvel, o personagem Capitão América fez muito sucesso e seus quadrinhos e os mesmos tiveram uma venda gigantesca. Entretanto, a popularidade do Capitão América caiu e o personagem foi praticamente esquecido no término da Segunda Guerra, vindo a ser revivido vinte anos depois, com os Vingadores, se tornando o Capitão América que atualmente conhecemos.

Talvez muitos não saibam, mas além de um super-herói, o Capitão América representou o orgulho de uma nação inteira em uma época tão turbulenta.

Homo Deus – Resenha

Yuval Noah Harari nos supreendeu com o seu primeiro bestseller – Sapiens: uma breve história da humanidade – resumindo os 70 mil anos de história da raça humana em um único livro, mostrando diferentes aspectos.

Já com homo deus, mais um livro de sucesso, Yuval foca na humanidade do presente, mas com um pensamento voltado para o futuro. Alguns pontos do livro que merecem total destaque será falado ainda nesta postagem.

O livro é dividido em três partes. A primeira parte é intitulado “O homo hapiens conquista o mundo”. Nessa parte, é discutida como o ser humano superou as principais preocupações: a fome, a guerra e a morte. O autor faz um aparato de como a humanidade superou esses três problemas e como elas são hoje. Dessa forma, é mostrado as principais preocupações – nem tanto preocupações, mas sim ambições – da humanidade de hoje: a imortalidade, a felicidade e a divindade.

A segunda parte é “O homo sapiens dá um significado ao mundo”. Essa parte mostra como o ser humano se tornou o protagonista da sua própria existência. O homem antes era animista, convivendo normalmente com a natureza. Depois teísta, com a fé em algum deus. Enquanto hoje a grande religião é o humanismo: o ser humano é o centro de tudo.

A terceira parte, e que julgo ser a mais importante do livro, é “o homo sapiens perde o controle”. Nela é discutida as religiões do futuro: o tecno-humanismo e o dataísmo. A primeira religião se trata de transformar um homo sapiens normal em um super humano, muito melhor, mais saudável e longevo do que o atual. O segundo se trata dos dados. Tudo são algoritmos. E o que é mais discutido nesse ponto é que o ser humano pode se tornar uma espécie obsoleta, pois tudo será regido por algoritmos, que trabalham de forma totalmente eficiente, diferente de um humano.

E ao longo do livro é discutido outros assuntos com mais detalhes como experiência, consciência e inteligência, por exemplos.

Vale muito a pena sentar e ler homo deus. Mais uma vez Yuval nos traz uma visão diferente da humanidade, fazendo que o leitor desperte o seu senso crítico, abra sua mente e levante questionamentos, já que o livro termina com três perguntas sem respostas.

Notas Sobre a Pandemia – Yuval Noah Harari

Não vejo tanto sentido em escrever uma resenha sobre esse livro, prefiro muito mais pegar trechos interessantes e colocar aqui pra que você fique na vontade de fazer essa leitura. 

Yuval Noah Harari é o autor best-seller de Sapiens, e nesse livro ele colocou partes de artigos publicados entre os meses de Março e Junho de 2020… por já estarmos em 2021 você pode ler algumas coisas que já superamos, mas vale ter o entendimento aqui. 

”O maior risco que enfrentamos não é o vírus, mas os demônios interiores da humanidade: o ódio, a ganância e a ignorância. Podemos reagir à crise propagando ódio: por exemplo, culpando estrangeiros e minorias pela pandemia. Podemos reagir à crise estimulando a ganância: por exemplo, explorando a oportunidade para aumentar os lucros, como fazem as grandes corporações. E podemos reagir à crise disseminando ignorância: por exemplo, espalhando e acreditando em ridículas teorias da conspiração. Se assim reagirmos, será muito difícil lidar com a crise atual, e o mundo pós-covid-19 será um mundo desunido, violento e pobre.” 

”Epidemias matavam milhões de pessoas bem antes da atual era da globalização. No século XIV, não havia aviões nem cruzeiros, e no entanto a peste negra disseminou-se da Ásia Oriental à Europa Ocidental em pouco mais de uma década. Em março de 1520, um único hospedeiro da varíola — Francisco de Eguía — desembarcou no México. Na época, a América Central não tinha trens, ônibus, nem mesmo jumentos. No entanto, por volta de dezembro uma epidemia de varíola já devastava a América Central inteira, matando, de acordo com algumas estimativas, quase um terço de sua população.” 

”Em 1918, uma cepa de gripe particularmente virulenta conseguiu se propagar em alguns meses pelos cantos mais remotos do planeta. Infectou meio bilhão de indivíduos — mais de um quarto da espécie humana. Estima-se que a gripe tenha matado 5% da população da Índia. No Taiti, 14% dos ilhéus morreram. Em Samoa, 20%. Ao todo, a pandemia matou dezenas de milhões de pessoas — chegando talvez a 100 milhões — em menos de um ano. Foi mais do que se matou em quatro anos de batalhas brutais na Primeira Guerra Mundial.” 

”Apesar de episódios terríveis, como o da aids e o do ebola, no século XXI as epidemias matam uma proporção muito menor de pessoas do que em qualquer outra época desde a Idade da Pedra. Isso porque a melhor defesa que os humanos têm contra os patógenos não é o isolamento, mas a informação. A humanidade tem vencido a guerra contra as epidemias porque, na corrida armamentista entre patógenos e médicos, os patógenos dependem de mutações cegas, ao passo que os médicos se apoiam na análise científica da informação.” 

”Quando a peste negra ou a varíola fizeram uma visita, a melhor ideia que ocorreu às autoridades foi organizar grandes orações a deuses e santos. Não ajudou. De fato, quando uma multidão se junta para rezar, o resultado costuma ser infecção em massa. Ao longo do último século, cientistas, médicos e enfermeiros ao redor do mundo compartilharam informações e juntos conseguiram compreender tanto o mecanismo por trás das epidemias quanto os modos de combatê-las.” 

”Enquanto os medievos nunca puderam descobrir a causa da peste negra, os cientistas levaram apenas duas semanas para identificar o novo coronavírus, sequenciar seu genoma e desenvolver um teste confiável para detectar pessoas infectadas.” 

”A cooperação internacional é também necessária para medidas eficazes de quarentena. A quarentena e o toque de recolher são essenciais para interromper a propagação da epidemia. Mas quando os países não confiam uns nos outros e cada nação sente que está por conta própria, os governos hesitam em adotar medidas tão drásticas. Se você descobrisse cem casos de coronavírus em seu país, você isolaria imediatamente cidades e regiões inteiras? Em boa medida, isso depende do que você espera dos outros países.” 

”Nos anos 1970, a humanidade conseguiu derrotar o vírus da varíola porque todas as pessoas em todos os países se vacinaram. Bastava que um único país não vacinasse sua população para que a humanidade inteira ficasse exposta ao perigo, pois, enquanto o vírus da varíola existisse e evoluísse em algum lugar do mundo, sempre poderia voltar a propagar-se por toda parte.” 

”Hoje, a humanidade enfrenta uma crise aguda não apenas por causa do coronavírus, mas também pela falta de confiança entre os seres humanos. Para derrotar uma epidemia, as pessoas precisam confiar nos especialistas, os cidadãos precisam confiar nos poderes públicos e os países precisam confiar uns nos outros. Nos últimos anos, políticos irresponsáveis solaparam deliberadamente a confiança na ciência, nas instituições e na cooperação internacional. Como resultado, enfrentamos a crise atual sem líderes que possam inspirar, organizar e financiar uma resposta global coordenada.” 

”Quando uma população tem conhecimento dos fatos científicos, e quando acredita que as autoridades públicas divulgarão esses fatos, seus cidadãos podem fazer a coisa certa sem um Grande Irmão a monitorá-los de perto. Uma população bem informada agindo por conta própria costuma ser muito mais poderosa e efetiva do que uma população ignorante e policiada. Considere-se, por exemplo, o hábito de lavar as mãos com sabão. Esse foi um dos maiores avanços históricos no campo da higiene humana. Esse simples gesto salva milhões de vidas todos os dias. Embora pareça muito natural, foi apenas no século XIX que os cientistas descobriram a importância de fazê-lo. Antes disso, mesmo médicos e enfermeiras passavam de uma operação cirúrgica à próxima sem lavar as mãos. Hoje, bilhões de pessoas lavam as mãos diariamente, não por temerem a polícia do sabão, mas por compreenderem os fatos. Lavo minhas mãos com sabão porque já ouvi falar de vírus e bactérias, compreendo que esses organismos minúsculos causam doenças, e sei que o sabão é capaz de removê-los.” 

”A humanidade precisa fazer uma escolha. Seguiremos pela rota da desunião ou adotaremos o caminho da solidariedade global? Se optarmos pela desunião, isso não apenas prolongará a crise como provavelmente resultará em catástrofes ainda piores no futuro. Se escolhermos a solidariedade global, será uma vitória não só contra o coronavírus, mas contra todas as crises e epidemias futuras que podem vir a se abater sobre a humanidade no século XXI.” 

”Os humanos morrem não porque Deus assim determinou, mas por causa de alguma falha técnica. O coração para de bombear sangue. Um câncer destrói o fígado. Vírus multiplicam-se nos pulmões. E a que se devem todos esses problemas técnicos? Outros problemas técnicos. O coração para de bombear sangue porque não recebe oxigênio suficiente. Células cancerígenas se espalham pelo fígado devido a alguma mutação genética aleatória. Vírus instalam-se nos meus pulmões porque alguém espirrou no ônibus. Não há nada de metafísico nessas coisas. E a ciência acredita que todo problema técnico tem uma solução técnica. Não precisamos esperar a segunda vinda de Cristo para superar a morte. Alguns cientistas num laboratório podem resolver a questão. Se antes a morte era tradicionalmente a especialidade de padres e teólogos de batina negra, agora contamos com a turma do jaleco branco. Caso o coração falhe, podemos estimulá-lo com um marca-passo ou mesmo providenciar um transplante. Se um câncer aprontar alguma coisa, podemos matá-lo com radiação. Se os vírus se proliferam nos pulmões, podemos neutralizá-los com algum medicamento. Claro, no momento, não podemos resolver todos os problemas técnicos possíveis. Mas trabalhamos para isso. As melhores mentes humanas já não gastam seu tempo tentando dar um sentido à morte. Em vez disso, ocupam-se em prolongar a vida. Investigam os sistemas microbiológicos, fisiológicos e genéticos responsáveis pelas doenças e pelo envelhecimento e desenvolvem novos remédios e tratamentos revolucionários. 

Em seus esforços para prolongar a vida, os humanos têm sido notavelmente bem-sucedidos. Nos últimos dois séculos, a expectativa de vida média saltou de menos de quarenta anos para 72 no mundo inteiro, e para mais de oitenta em alguns países desenvolvidos. As crianças, em especial, estão muito mais bem protegidas contra as garras da morte. Até o século XX, pelo menos um terço delas não alcançava a idade adulta.” 

”Quando a vacina ficar de fato pronta e a pandemia chegar ao fim, qual será a principal lição que a humanidade extrairá disso tudo? Muito provavelmente, que precisamos dedicar ainda mais esforços à proteção das vidas humanas. Precisamos de mais hospitais, mais profissionais de medicina e enfermagem. Precisamos estocar mais respiradores, mais equipamentos de proteção, mais kits de testagem. Precisamos investir mais dinheiro na pesquisa de patógenos desconhecidos e no desenvolvimento de novos tratamentos. Não podemos ser pegos desprevenidos de novo.” 

”Mas, nos dias de hoje, mesmo a maior parte dos grandes irradiadores da tradição põe sua confiança na ciência em vez de nas escrituras. A Igreja católica instruiu os fiéis a manterem-se longe das igrejas. Israel fechou todas as sinagogas. A República Islâmica do Irã tem desencorajado a visitação às mesquitas. Templos e seitas de todos os tipos suspenderam as cerimônias públicas. E tudo porque cientistas fizeram alguns cálculos e recomendaram o fechamento desses espaços sagrados.” 

”Por séculos a fio, as pessoas usaram a religião como um mecanismo de defesa, acreditando que existiriam para sempre no pós-vida. Agora passaram a usar a ciência como um mecanismo de defesa alternativo, acreditando que os médicos sempre os salvarão, e que viverão para sempre em seus apartamentos. Precisamos de uma abordagem equilibrada nesse ponto. Devemos confiar na ciência para lidar com epidemias, mas ainda precisamos suportar o fardo de lidar com nossa mortalidade e nossa transitoriedade como indivíduos.” 

”Espero que as pessoas se lembrem da importância da informação científica confiável mesmo depois de passada a crise. Se queremos usufruir da informação científica confiável em um momento de emergência, devemos investir nela em tempos normais. A informação científica não cai do céu, nem brota da mente de gênios individuais. Ela necessita de instituições independentes e fortes, como universidades, hospitais e jornais. Instituições que não apenas pesquisem a verdade, mas que também sejam livres para dizer a verdade às pessoas, sem medo de serem punidas por governos autoritários.” 

Lo-fi – conheça o estilo musical do momento

Um estilo musical que vem crescendo nos últimos anos, o lo-fi conquista um público cada vez maior com sua melodia calma e com o som ambientalizado. Se você não conhece esse novo estilo, acompanhe esta postagem até o final.

Lo-fi nada mais é do que músicas de baixa fidelidade (low fidelity). Essas músicas geralmente não são feitas em gravadoras profissionais. São músicas feitas em casa e por pessoas anônimas que muitas vezes não tem dinheiro para produção.

E é um estilo musical que vem conquistando muitas pessoas nos últimos anos, e que explodiu durante a pandemia. Como é um estilo musical de baixa frequência, calmo e mais ambientado do que outros inúmeros estilos, as pessoas costumam ouvir para estudar e aumentar a concentração, ler ou simplesmente relaxar depois de um dia exaustivo.

O estilo lo-fi é considerado a “música dos millennials” ou a “música da nova geração”, isso por quê o principal público ouvinte são jovens. No YouTube, as músicas são acompanhadas com gifs de animes, garotas estudando ou paisagens urbanas.

Já que citamos o YouTube, o canal ChilledCow, um dos maiores no quesito lo-fi, fez uma live de 13 mil horas – isso mesmo, 13 mil horas! – mas que foi derrubado pela plataforma por razões desconhecidas. Entretanto, o canal voltou com a live, e até o momento em que escrevo esta postagem, a mesma está ativa 24 horas por dia sem parar.

E as músicas lo-fi são perfeitas para fundos de vídeos. E vem essa dica: essas músicas são isentas de direitos autorais, e você pode encontrá-las facilmente na internet e usá-las em seu conteúdo sem qualquer problema com copyright. Afinal, tudo é melhor com música!

A História da Marvel – de pequena editora a gigante do entretenimento

A Marvel hoje é conhecida pelos seus filmes de enorme sucesso, mas nem sempre foi assim. Com seus altos e baixos, a Marvel carrega uma trajetória de décadas desde os quadrinhos aos filmes de hoje.

A Marvel foi fundada em 1939, nos Estados Unidos, por Martin Goodman. Originalmente, ela tinha o nome de Timely Comics, e lançou a primeira revista em quadrinhos, a Marvel Comics, que apresentava os heróis tocha humana e namor, e que fez sucesso.

Em 1941, a Marvel apresentou um personagem que todos conhecem muito bem: o Capitão América. No auge da Segunda Guerra Mundial, o Capitão América era tido como um símbolo de patriotismo americano (mostrando o herói dando um soco no Hitler na capa da revista). O sucesso desse personagem foi tão grande que vendeu um milhão de cópias na época.

Mas nos anos seguintes, a Timely Comics estava em baixa. A editora até criou alguns personagens e explorou outros gêneros, mas não rendeu resultados animadores como a rival DC. Inclusive o nome foi alterado para Atlas Comics, mas foi mais uma tentativa falha.

E com o sucesso da DC nos HQs nos anos 1960, a Marvel começou a trabalhar de vez no gênero dos heróis, mas dessa vez com a ajuda de Stan Lee. Junto com Jack Kirby – um dos criadores do Capitão América -, Lee criou o Quarteto Fantástico, o seu primeiro grupo de heróis, e a editora passou a ser chamada de Marvel, como conhecemos hoje.

O sucesso do Quarteto Fantástico foi tanto que novos heróis surgiram um atrás do outro. Homem Aranha, Hulk, Thor, Homem de Ferro e Os Vingadores, consagrando Stan Lee como um verdadero símbolo da Marvel.

Anos mais a frente, a Marvel também criou heróis focados em públicos de diversas etnias, em especial personagens orientais e negros. Inclusive foi nessa mesma época que surgiu o personagem Roberto da Costa – o Mancha Solar -, o herói brasileiro dos mutantes.

A Marvel teve momentos de crise no final do século passado, até que houve a reconstrução. Indo além dos quadrinhos, a Marvel lançou filmes como Blade e as franquias de X-Men, MIB Homens de Preto e Homem Aranha nos anos 2000.

Mas, o ano de 2009 foi um marco da história da Marvel. A compra pela The Walt Disney Company fez da Marvel a gigante de produções de bilheterias nos cinemas com o seu universo cinematográfico (o UCM). Filmes como Homem de Ferro 2, Thor e Vingadores fizeram a Marvel chegar ao seu ápice, e novos conteúdos ainda estão surgindo. Atualmente, a Marvel se sagra como a maior companhia de entretenimento do mundo, com um imenso catálogo de 8 mil personagens.

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